As Farmácias que conhecemos hoje e a profissão farmacêutico tiveram sua origem séculos atrás.
Mas você sabe qual era o nome dessa profissão antigamente, e quem foi o primeiro farmacêutico do Brasil?
Venha conferir toda a história das Farmácias nesse post!
As primeiras boticas
As boticas eram lojas de medicamentos que foram criadas a partir do Século X, e foram elas que deram origem ao que hoje conhecemos como Farmácias.
Nas boticas eram vendidos medicamentos, remédios e outros produtos com fins terapêuticos, geralmente feitos à base de plantas e outros recursos naturais.
Esses medicamentos eram produzidos e vendidos pelos boticários, que eram responsáveis por conhecer, pesquisar e curar doenças. Mas, para que pudessem exercer a profissão, eles precisavam ter locais e equipamentos adequados para produzir e armazenar os medicamentos.
Em 1960 as boticas se tornaram legalmente um comércio, e elas poderiam ser dirigidas apenas por profissionais que fossem aprovados em Coimbra.
Na época ainda não era ofertado um curso universitário na área, como temos hoje, mas o processo era similar. Dessa forma, os boticários aprovados recebiam uma carta que alegava que eles tinham conhecimento empírico para exercer a profissão.
O primeiro farmacêutico do mundo
O primeiro farmacêutico do Brasil foi Diogo de Castro, que na verdade foi o primeiro boticário do país.
Após um decreto da coroa portuguesa, foi determinado que o acesso aos medicamentos no Brasil só seria permitido caso houvesse na embarcação algum tripulante com medicamentos. A partir daí, todas as expedições francesas, espanholas e portuguesas precisavam contar com um boticário a bordo.
Por isso, Thomé de Souza, que na época era governador nomeado pela coroa de Portugal, trouxe Diogo de Castro na expedição portuguesa para ser o primeiro farmacêutico do Brasil.
O surgimento das Farmácia e dos farmacêuticos
Na época das boticas, a medicina e a farmácia eram consideradas uma profissão só, ou seja, não havia distinção entre boticários e médicos.
A partir do século XIX houve um avanço nos estudos sobre fisiologia e toxicologia, o que deu origem ao primeiro Tratado de toxicologia, publicado em 1813. A partir daí, começou uma fase de muitas mudanças que levaram à definição da profissão.
Depois disso, houve uma reformulação no curso de ensino médico em 1832, e foi fundado o curso farmacêutico, vinculado às faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia.
As boticas começaram então a ser chamadas de Farmácias em dezembro de 1857, após o decreto 2055.
E por fim, foi no século XVIII que houve a separação da Medicina e da Farmácia, tornando as duas profissões distintas.
Fonte: CRF/MG (Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais)