No dia 26 de Setembro é comemorado o Dia Nacional dos Surdos, para conscientizar e propor uma reflexão sobre a inclusão social das pessoas surdas.
Confira nesse artigo como surgiu essa data e a história da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O surgimento do Dia Nacional dos Surdos
O Dia Nacional dos Surdos é comemorado anualmente, no dia 26 de Setembro desde que a data foi oficializada, em 2008.
O decreto de lei nº 11.796, de 29 de outubro de 2008, oficializou a data com o objetivo de promover uma reflexão na sociedade sobre a importância da inclusão das pessoas surdas e dos seus direitos.
A escolha dessa data é uma homenagem ao dia 26 de Setembro de 1857, quando a primeira Escola de Surdos foi criada no Brasil, no Rio de Janeiro. Atualmente essa escola se tornou o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).
Durante todo o mês é celebrado o “Setembro Azul”, representando uma identificação que era utilizada na segunda guerra mundial pelos nazistas. Naquela época, todos os deficientes eram identificados com uma faixa azul no braço.
A história da Libras
A Linguagem de Sinais foi desenvolvida inicialmente na França, através de um método criado pelos franceses no século XVIII.
A partir desse método, a Língua brasileira de Sinais foi desenvolvida no Brasil, e um dos pioneiros nesse processo foi o professor francês Ernest Huet.
Huet se mudou para o Brasil a convite de D. Pedro II, e participou do processo de criação da primeira escola voltada para alunos surdos.
Assim, a Língua de Sinais Francesa passou por uma tradução para o português, e foi através dela que o Brasil desenvolveu sua própria língua de sinais, a Libras.
As características da Libras
Primeiramente, é importante ressaltar que a Libras não é uma linguagem universal. Ou seja, os sinais e significados dos gestos podem variar de acordo com a região, cidade ou país.
Diferente da língua falada, a Libras se encaixa na modalidade gestual-visual, além disso ela também possui sua própria organização gramatical.
A Língua Brasileira de Sinais não segue a mesma estrutura da Língua Portuguesa, as orações e expressões, por exemplo, são muito mais objetivas e flexíveis no caso da Libras.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a libras não consiste apenas em datilologia, ou seja, a soletração de palavras através do alfabeto de Libras.
Cada palavra na Libras possui seu respectivo sinal, e raramente é preciso utilizar a datilologia para soletrar a palavra.
Outra coisa importante sobre a Libras é que se trata de uma língua, e não apenas uma linguagem.
Isso porque ela uma estrutura completa, com suas próprias regras, sintaxe, semântica e outras características bem definidas.
Além disso, ela é utilizada por uma população para se comunicar, é falada como principal meio de comunicação. Consequentemente, ela é diferente da linguagem, que seria apenas uma ferramenta para transmitir ideias, sem estruturas complexas e definidas.